domingo, 10 de agosto de 2014

Prisoner - I Found You - 36°cap.


  Ele abriu os braços esperando um abraço. Eu corri. Pulei em cima de Jay. Minhas pernas foram para sua cintura e minhas mãos para sua nuca. Meus braços envolveram seu pescoço. Comecei a chorar enquanto ele me envolvia na cintura.
   Me senti segura de novo com aquelas mãos me tocando. Afundei minha cara no espaço entre o pescoço e o ombro dele. Fechei os olhos para ver se as lágrimas paravam mas de nada adiantou. Mesmo estando viciada naquele cheiro não consegui parar de chorar.
  — Oh minha vida não chora. Eu estou aqui. — fiquei de frente para ele. Não desci de seu colo. Toquei seu rosto. Ele beijou minha mão.
  — chorar foi o que eu mais fiz desde que foi viajar. — falei
  — eu te amo amor. Eu estou aqui. Eu voltei e nunca mais vou sair de perto de você por tanto tempo anjo. — Ele falou me soltando. Meus pés tocaram o chão. Ele me puxou pela camiseta me beijando.
  Sua blusa de frio tem um gorro. E esse gorro esta na cabeça dele. Eu a tirei e envolvi meus dedos em seu cabelo aprofundando mais o beijo. Me soltei por falta de fôlego mas ele colocou sua testa sobre a minha. Respiramos ofegadamente.
  — Eu te amo bird — falei
  — Te amo Tori. — e voltou para o beijo. No final ele mordeu meu lábio inferior e voltou a me beijar. Dei um pequeno empurrão em seu peito para afastá-lo um pouco de mim e parar o beijo. Ergui as sobrancelhas perguntando de onde surgiu esse fôlego todo. — Não beijo ninguém faz um ano amor. Estava morrendo de saudades. 
  — Serio? Pensei que tinha beijado umas piranhas por ai para saciar sua sede. — Falei limpando o rosto
  — A sede que eu tenho é de você. — Ele me beijou de novo com mais urgência. Me separei de novo. — Você mudou de perfume? — Ele perguntou ao abrir os olhos.
  — Mudei. Por aqui não tem o que eu gosto. Então tive que mudar. Mas você não mudou o seu.
  — É. Você esta linda. Do mesmo jeitinho que a um ano. — Jay colocou meu cabelo atrás da orelha depois deixou a mão no meu pescoço olhando em meus olhos.
  — Só que muito mais cansada. — Apoiei minha cabeça em seu peito e o acariciei pelas costas.
  — Acredite, também estou muito cansado. Então vamos voltar pra casa Anjo.
  — Você foi lá antes de vir para cá? — Perguntei
  — Claro. A Bella cresceu muito! Mas foi ótimo vendo ela me chamar de pai assim, com mais clareza. — Ergui uma sobrancelha — Não esqueci do Arthur o.k.?
  — Acho bom mesmo. — Sorri e a Taylor entrou.
  — Olha quem apareceu! — Disse ela sorrindo.
  — Você cortou o cabelo! Mudança radical.
  — Digamos que de mudança radical você entende. — Nós três rimos. Andei até minhas coisas e as peguei. Tudo junto e misturado em uma mochila. A coloquei nas costas me aproximando do Jay.
  — Vamos? — Perguntei. Ele pegou na minha mão e sorriu.
  — Já vi que não precisa da minha carona hoje. — Taylor saiu. Fomos logo em seguida. Entramos no carro do Jay e eu suspirei ao sentar.
  — Esta cansada amor?
  — Não imagina o quanto. — Falei.
  — Você emagreceu um pouco desde que te vi. — ele falou começando a andar.
  — Você ficou mais.... Forte. — Falei reparando em seus braços marcando um pouco a blusa.
  — Sabe como é né. — Ele falou se achando.
  — Tonto. — Falei sorrindo. Ao chegar perto de casa Fechei os olhos por um momento. Descansando um pouco.
  — Quer que eu te leve amor? — Ele perguntou abrindo a porta.
  — Agora que esta forte né... Sabe como é. — Falei e ele me pegou no colo. Jay fechou a porta com o pé e entramos em casa. As crianças já estão dormindo. Está tudo apagado e silencioso. — Acho que estão todos dormindo.
  — Isso é bom não é? — Ele falou baixinho perto do meu ouvido. Soltei um sorriso preguiçoso.
  — Mil desculpas amor mas eu estou morrendo de cansaço. Mesmo. — Falei o olhando nos olhos.
  — Tudo bem. Esperei um ano, posso esperar mais um dia certo? — Ele falou beijando meu rosto.
  — Certo. Meio certo... Também estou com saudades bird  — Sussurrei.
  — Acho melhor tomar um banho... — Ele falou subindo as escadas
  — Se você me acompanhar vai ser ainda melhor... — Respondi. ele deu um risada curta.
  — Ousada... Aceito, com muito prazer. — entramos no quarto e ele me colocou no chão. Minha mochila havia ficado no carro. Então o Jay ficou atrás de mim e pegou no meu ponto fraco: beijou minha nuca. Me arrepiei como sempre. Soltei um sorrisinho fechando os olhos.
  — Estava com muita saudades desse seu beijo amor... — Me virei e ele me beijou, desta vez na boca. Claro.
  — Também estava com saudades dessa sua pele macia... Cheirosa. — Ele falou passando a mão no meu ombro. Ai suas mãos foram para baixo, para minha cintura, foi subindo. A cada parte do meu corpo em que sua mão tocava ficava quente...
   No outro dia de manhã, acordei com o sol batendo no meu rosto. Parecia que o sol havia voltado a brilhar assim novamente quando Jay voltou. Pra mim tudo voltara a ser como a um ano. Só que melhor. Dei um sorriso e o Jay me apertou mais pela cintura.
  — Amor ,acorda. — Sorte que hoje é sábado.
  — Sabia que pra quem estava cansada tirou meu folego ontem? — Ele falou no meu ouvido. Dei risada.
  — Digo o mesmo... Agora acorda. — Falei e ele me soltou. Peguei uma parte do lençol jogado na cama e fui até ao banheiro. Me vesti, arrumei meu cabelo etc. Sai dali e o Jay ainda esta na cama. Sentado e mexendo no celular. — O que esta fazendo? — Perguntei meu sentado nas suas pernas.
  — Falando com o Max. — Ele falou me olhando com um sorriso nos lábios.
  — Ah é? — Falei — E o que estão conversando ? — Perguntei
  — Ele falou que depois de ficar por Londres uma semana ou duas ele vai vir pra cá ficar com a gente po um tempo. Agilizando o divórcio com a Nina. E outras coisas — Ele disse bloqueando o celular e jogando na cama. Sai de seu colo ficando de pé.
  — E o Nath? — Perguntei e ele entrou no closet.
  — Ele disse que assim que der vem pra cá. Ele vai ficar um tempinho com a mãe e irmã dele daí vem pra Nova Iorque. — Ele falou e eu assenti. Eu poderia ficar feliz porque hoje eu ia ficar o dia descansado. Mas lembrei que tinha marcado com a Taylor para ensaiar aqui em casa. Ela e o Joe terminaram o casinho deles. Os dois disseram que não faziam o tipo um do outro. Então terminaram numa boa. Se falam normalmente.
  — Ah, que merda — reclamei baixinho.
  — Que foi amor? — Jay perguntou saindo do closet colocando uma camiseta.
  — Marquei de ensaiar com a Taylor aqui em casa hoje. E não posso desmarcar — Falei fazendo um biquinho super infantil.
   — Que pena amor. Mas vai ser legal ver vocês duas dançando. Gosto de ver os ensaios de vocês. E hoje vou ter que dar uma saidinha dr tarde. Resolver uma coisa. — Frazi a testa curiosa.
   — Que coisa James?
  — Nada de mais. Relaxa.  — Ele me puxou para um beijo e eu cedi a toda curiosidade. — Vamos tomar café? As crianças já devem estar acordadas. — Ele falou ao me soltar. Fomos para o andar de baixo. Eles estão com pijamas no sofá assistindo desenho da Disney. O Jay se sentou no meio dos dois e eles esqueceram que tem mãe agora que o papai querido chegou. Fiquei na poltrona parada. Olhando eles. Fiquei me sentindo abandonada mas feliz pelas crianças estarem com o pai delas novamente. Fomos para a mesa e tomamos café.
  — Sabe, você foi a única que não vimos durante esse ano. Nós fomos pra Londres e vimos todos. O Tom viu a Kel, eu vi a turma lá, tipo, sua mãe, minha mãe, meus irmãos, a Lê, o Caio.... Vimos todo mundo, menos você. — Ele falou e eu assenti. 
   — Me desculpa se eu tinha dois filhos e uma faculdade aqui. — Disse e ele ergueu a sobrancelha.
  — Calma. Só fiz um comentário. Não te culpei de nada. — Ele ergueu as mãos na altura dos ombros em defesa.
  — Desculpa. — Falei.
  Depois que comemos eu fiquei a esperada Taylor. Eu tinha marcado com ela as onze horas. Mas ela sempre chega uns dez minutos antes. Então as dez e cinqüenta ela apertou a campainha. Levantei e abri. Ela me abraçou. Nós ficamos bem próximas nesses meses. Claro que ninguém pode substituir a Lê. Mas se não tem Lê, a Tay "serve".
  — Não estou atrapalhando? — Ela perguntou quando viu o Jay ali na sala brincando com as crianças.
  — Não. Ele quer matar a saudade das crianças e esquece de mim sabe? Então tenho tempo para ensaiar a vontade. — Falei irônica.
  — Pelo menos você tem um marido. Eu não tenho nem um namorado. — Ela falou entrando.
  — E o Joe? — Não tinha falado do termino dos dois pro Jay.
  — Terminamos. — Taylor falou e entramos no estúdio de dança. Aquecemos um bom tempo e colocamos uma música.
  Depois de duas horas mais ou menos o Jay entrou no estúdio e falou que ia dar uma saída.
  — Não vai falar onde vai? — Perguntei chegando perto dele.
  — É surpresa. As crianças vão comigo. Bom, o Arthur vai. A Bella fica. — Dei um rápido beijo nele. Minha curiosidade esta me corroendo por dentro. Mas sabia que ele não ia falar.
  — Milagre não ter perguntado nada Tori. — A Tay falou e eu dei risada.
  — Ele não ia falar. Mas estou morrendo de curiosidade.— Disse. Foi sua vez de rir. Ficamos dançando por mais umas duas horas. Danças sem noção. Ai começamos a nossa coreografia. Quando estamos somente eu e a Tay, eu danço daquele jeito. Com os olhos fechados. Isso me deixa tranquila. Parece que desse jeito eu sinto meus movimentos. Quando acabou senti presença de mais pessoas por ali.

~Brownie

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Belieber - Love Me - 36°cap.


  Ele estava encostado na parede. Braços cruzados na frente do peito. Cabelo desarrumado. Camisa manga longa cinza. Calça jeans e tênis típico de Justin. Ele sorriu.
  Eu teria corrido para abraça-lo mas fiquei paralisada.
  Ele ergueu uma sobrancelha. Fui até ele em passos apressados e ele me ergueu em um abraço. Ficamos rodando feito bobos.
   Ai ele me colocou no chão mas ficou com os braços na minha cintura me deixando presa a ele. Minhas mãos foram para sua nuca e eu o puxei para um beijo. Esse foi o maior tempo que passamos sem nos beijar. Então foi o beijo mais longo que demos. Mais quente e urgente também. Eu ficaria ali um bom tempo mas fiquei sem fôlego. Me soltei e fiquei o olhando nos olhos. Ele me acariciou o rosto com a mão.
   — Eu te amo tanto que... cara. Quase morri no caminho pra cá. Parecia que eu ia ver uma pessoa que eu nunca tinha visto antes. —  Ele falou sorrindo. 
— eu te amo. E você me deixou plantada aqui um ano. Sem nenhum beijo. Nenhum abraço. — Disse e ele me beijou rapidamente. Depois me abraçou. Simplesmente ficamos abraçados um tempo. Quietos. Sentindo o calor um do outro.
   — Também te amo linda. Mais que tudo tudo no mundo. — Ele falou no meu ouvido.
  — Você passou em casa primeiro né amor? — Perguntei olhando em seus olhos
  — Claro. Fui lá e as crianças ficaram mega felizes quando me viram. Dai a babá disse que você estaria aqui. Parabéns, Presidente.— Ele falou se referindo a porta
  — Obrigada.
   — Agora deixe-me ver essas obras de arte em seus punhos, linda. — Ele pegou minhas mãos e subiu as mangas da camiseta. — Mais bonitas pessoalmente.
  — Obrigada — Ele beijou meus punhos, depois a costa das minhas mãos, meus braços, ombro, pescoço, bochecha, queixo... Até que enfim boca. Apenas um selinho
  — Estava morrendo de saudades. — A voz soou como um sussurro perto de meu ouvido.
  — Vamos lá, quero ver suas tatuagens também. — mudei de assunto.
  — Aqui... — Ele tirou a camisa. Dei um meio sorriso, Ergui uma sobrancelha. Ele me mostrou as tatuagens. Foram só essas — Acho que vou parar com tatuagens por um tempo — Ele falou e eu concordei com a cabeça. O Justin colocou as mãos na minha cintura perto da minha bunda. Coloquei as minhas em seu peito. Subi até os ombros e parei em seu cabelo. Entralacei meus dedos ali e o beijei.  Sorri no meio do beijo o atrapalhando.
  — Estava morrendo de saudades dessa sua risada.
  — Minha risada é feia Jus
  — Feia? Faça meu favor Leticia. Não tem coisa mais linda que essa sua risada. — ele falou passando a mão nos meus lábios.
  — Tem sim. A sua. — Falei beijando-o. Mas fomos atrapalhados por alguem batendo na porta. Ele me soltou e vestiu a camisa. — Entra.
  — Desculpa atrapalhar senhora, mas tem só mais esse documento para assinar e acabou por hoje — ela falou sorrindo. Peguei o papel e assinei.
  — Esta liberada Sandra. Acho que todos já foram embora certo?
  — Certo. Somente eu e a senhora. — Ela falou pegando os papeis.
  — Então até amanhã. — Falei. Ela saiu e eu peguei minha bolsa. Tirei meus sapatos e fiquei descalça.
   — Esta cansada amor?— Jus perguntou e eu fiz um aceno positivo com a cabeça.
  — Muito. Vamos embora... — A única coisa que me deixa um pouco mais feliz é que amanhã é sábado. Não tem faculdade.
  — O.k. — saímos da minha sala e esta tudo vazio. Fomos para o térreo, depois para o estacionamento. Entrei em seu carro e relaxei. Coloquei meu cinto de segurança e passei as mãos no meu rosto para tentar evitar um bocejo demorado.
  — Estou morrendo de fome e de sono. Não como nada faz tempo... — Falei e ele colocou a mão na minha perna. 
  — Por isso está magrinha amor?
  — Digamos que sim. Depois que o Zac me chamou para trabalhar com ele eu não tenho muito tempo para mim. Geralmente eu chego na hora do jantar em casa e antes disso minha única refeição é o café da manhã.
  — Nossa amor. Tem que comer mais. Se não fica doente. — Era bom ter alguem se preocupando comigo novamente.
  — O.k. — Falei o olhando. Ele soltou um sorriso e voltou a atenção para a rua. Enquanto ele dirigia eu liguei para pizzaria. Pedi duas pizzas. — Que foi? Estou com fome — Falei ao ver que Jus estava me olhando indignado.
  — Estou vendo isso. — Ele falou e chegamos em casa junto com a pizza. Paguei e entrei pegando uma fatia. Me sentei no sofá com a pizza no meu colo. Jus ficou de pé ao meu lado vendo eu devorar a pizza.— Você tomou café hoje?
  — Tomei. — Falei engolindo a pizza. — Mas eu só estou comendo de novo agora entendeu?
  — Ah. Entendi. — Ele falou.
  — Amor, faz um favor para mim anjo. — Falei melosa.
  — Pode falar.
  — Pega um copo de refrigerante para mim na cozinha? 
  — Claro. — Ele foi até a cozinha e voltou com um copo de refrigerante.
  — Obrigada.
  Depois de comer eu recuperei meu fôlego no sofá e o Jus finalmente se sentou ao meu lado. Ele colocou os braços em volta do meu pescoço, desceu até a cintura e me aproximou de seu corpo. O Jus cheirou meu pescoço e depositou ali um beijo demorado. Senti um breve arrepio tomar conta do meu corpo. Logo depois disso virei meu rosto e o beijei de verdade. Ele me pegou no colo e se levantou. Fiquei com minhas pernas em volta de sua cintura.
   — É melhor terminarmos isso lá em cima não acha? — ele falou na pausa do beijo. Sorri enquanto ele me levava pro nosso quarto. Ao chegarmos lá ele me colocou no chão e me beijou rapidamente. Fomos até a cama...
 
   Acordei com a falta de alguma coisa. Ele. Me sentei na cama e bocejei. Olhei no celular e são nove horas. sábado. Ainda bem. Prendi meu cabelo em um coque quando o Jus entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã. Tem uma rosa vermelha junto do café. Sorri pra ele.
  — Não precisa fazer isso amor. — Falei quando ele se aproximou. Dei um beijo curto nele.
  — Precisava sim. Sou um cara romântico Lê. Gosto de fazer essas coisas. café na cama. Jantar a luz de velas.
  — Nossa, desculpa. É que eu já havia esquecido desse quesito romantismo. — Falei. Comecei a comer tudo o que ele havia trasido para mim. É a primeira vez que tomo café na cama desde que ele viajou. Quem iria trazer café na cama pra mim? Giovane? Gustavo? Alice? Acho que não.
  — Mas agora não vai mais esquecer. Eu não vou deixar. — disse Justin me olhando.
  — Para me olhar Jus. Não consigo comer com pressão. — Ele riu.
  — Faz tempo que não te vejo comendo. Estou matando a saudade. Falando em saudade...e a Yasmin? Ela esta em Atlanta?
  — Esta de férias. Pelo menos isso...— falei
  — Estou com saudades dela.
  — acredite, também estou. Eu não consigo ve-la.
  — Vamos chamar ela e o Nath pra jantar aqui hoje. Que tal? — Ele perguntou passando a mão no meu pé.
  — É. Boa ideia. Se ela não aparecer antes. Claro. — Ele deu risada. Sabe que eu estou certa. Aposto que ela já sabe que ele voltou e pode aparecer a qualquer momento.
  — É. Vou mandar uma mensagem pra ela.
  — Falando...?
  — "Oi Yamin" — E enviou. O celular vibrou e ele olhou — "Jus, você não acha que esta demorando de mais não ?" — Foi minha vez de rir — "Não" — Ela esta respondendo rápido — "Como não? Justin, onde você esta?"
  — Vai falar? — perguntei
  — "Onde mais eu poderia estar?" Consigo imaginar os gritos e o ataque dela. — Ele falou
  — Também consigo. Vou me trocar. — Levantei e me arrumei. Sai do banheiro e ele esta me esperando mexendo no celular. — Acho que ela vai aparecer em alguns minutos. — Falei. A campainha tocou e eu sorri. — Agora. Por exemplo. Vamos descer. — Ele se levantou, pegou minha mão e entrelaçamos nossos dedos.
  — Já vou me preparar para ela me bater desesperadamente. — Ele disse me fazendo rir. Ao chegarmos perto da porta ele me soltou. Girou a chave, colocou a mão na maçaneta e girou. A porta abriu e a Yasmin pulou no Jus.
  — Seu filho da mãe! — Ela falou no abraço ainda. Os dois ficaram assim um tempinho. — Eu te odeio. — Ela o soltou e cruzou os braços na frente do peito fazendo cara de brava. Ele a abraçou assim mesmo. Sem salto ela fica uma anã perto dele. Quase uma anã.
  — Sei que me ama e não vive sem mim.
  — Ainda bem que sabe. — Ela falou cedendo. Eles se soltaram e ela veio até mim. — Também estava com saudades suas praga. Não consigo te ver.
  — Mate uma pessoa e me contrate como sua advogada. — Falei brincando. Ela me soltou e olhou pro Justin.
  — Serve o Justin? Ou tem que ser uma pessoa mais valiosa? — Ela perguntou seria.
  — Não seria louca. — Ele falou e ela ergueu uma sobrancelha. — Seria?
  — Depende. — Ela se aproximou dele e pegou ele pela gola da blusa.
  — acho que seria capaz de me bater mas me matar não. — Ele falou se soltando.
  — É. — Ela disse e eu dei risada.  
  — Cadê o Nath? — Perguntei.
  — Ele esta numa entrevista com a banda. — Ela falou se sentando.
  — Senta Yasmin. — O Justin a convidou a se sentar, sarcástico.
  — Já sentei querido. — Ela falou no mesmo tom. Nos sentamos juntos ao lado dela. As crianças desceram com pijama ainda. A Yasmin abraçou e beijou os três.
  — E o Andrew? — Perguntei
  — Estava dormindo quando vim. Mas acho que essas horas deve estar acordado. — Ela falou olhando as horas.
  — Coitado Yasmin. Vai buscar ele. — Ela suspirou.
  — O.k. eu vou. Mas eu volto. — Ela falou apontando o dedo para mim.  
  — Quando estive no Brasil eu Vi sua irmã. Na verdade fui na casa dela ver como estavam as coisas.
  — Ela não me ligou mais. — Disse meio pra baixo.
  — Ela estava gravida. Acho que ela já teve. Um menino. — Ele falou e eu fiquei surpresa. Minha irmã ficou grávida e não me contou?
  — Ela não me contou? Ela não me contou! — Eu falei indignada. — Por que não me disse antes Justin?
  — Ah sei lá. Esqueci. — Ele falou e eu revirei os olhos.
  — não entendo. Ela só me destrata. Nunca mais nos falamos depois que minha mãe morreu. — Falei.
  — Acho que ela te.... — Ele parou no meio da frase.
  — Ela o que Justin?
  — Nada.
  — Fala logo antes que eu te obrigue a falar!
  — Acho que ela te culpa pela morte da mãe de vocês. Afinal sua mãe estava com você, tecnicamente falando. E você não percebeu que ela estava doente. — Me senti como a pior irma do universo com isso que o Jus disse. Senti minha consciência pesar, meus olhos se encheram de lagrimas. Os fechei mas as lagrimas foram insistentes de mais. E acabaram por sair.
  — Não foi culpa minha... O que eu menos queria nesse mundo era que minha mãe morresse. — Falei com a voz falha.
  — Eu sei que não foi culpa sua meu amor. — Ele me abraçou de lado.
  — Mas ela me culpa. E ela é minha irmã Jus! Ele deve me odiar por isso entende? — Falei e ele me apertou mais.
  — Relaxa amor. Ela não te odeia... Eu acho — Ele disse isso em voz mais baixa. Um sussurro.
  — Ela me odeia. — Falei o abraçando também 
  — Olha, no próximo fim de semana vamos fazer uma visita que tal? — Ele falou e eu o olhei com meus olhos já inchados.
  — Será que ela vai me receber? 
  — Claro que vai meu amor. Vocês duas são irmãs. Não podem brigar. Ela vai ter que te receber. — Ele falou limpando meu rosto com o polegar.
  — O.k. Sábado que vem vamos pra lá. — Falei melhorando um pouco meu humor. As crianças estavam tomando café, então voltaram pra sala.
  — Por que estava chorando mãe? — Gi perguntou sentando do meu lado
  — A mamãe estava triste. Mas já melhorei! — Falei parecendo animada de mais.
  — Pai, vamos andar de skate? — Gi perguntou
  — Vamos. — O Jus se levantou e o Gi fez o mesmo. Os dois subiram pegar os skates. Fui para os fundos com a Lili e Gu. Nos sentamos em frente a piscina. Os dois apareceram e foram pra pequena pista ali. O Gi, para uma criança de seis anos anda muito bem de skate, e o Jus... Ah o Jus, ele continua mandando bem no skate. E em tudo.

~Brownie

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Belieber - Love Me - 35°cap.


  Henri colocou os sanduíches na minha frente acompanhado de um grande copo de suco de laranja. Comi e bebi. Me senti bem melhor. Respirei
  — Obrigado — Falei
  — Magina. — ficamos quietos até o Bob entrar na cozinha. Ele cresceu. — MEU DEUS! Você também tem um cachorro! — Ele se ajoelhou no chão para brincar com o Bob
  — Tenho. Bob.
  — ai que fofo. Tenho um golden lá no Brasil. A mamãe disse que que cuidar dele. Mas eu não sei. Ela e o Mick não se dão muito bem. — demos risada. Me senti enjoada.
  — Merda. — Subi as escadas correndo. Cheguei no banheiro e soltei tudo que estava preso dentro de mim.
  — Que nojo — Henri disse atrás de mim
  — Concordo — Disse com voz rouca. Dei descarga e fiz um gargarejo.
  — Você não está gravida esta?— Quase engasguei com a água
  — Não! Eu não transo faz algum tempo Henrique! — Disse meio estressada.
  — Desculpa ai
  — tudo bem. Me desculpe você. — Disse e fui para o quarto. Me deitei e o Henri ficou de pé me olhando — Que foi?
  — Esta bem?
  — Bem melhor depois de vomitar. Obrigada. — Falei irônica.
  — Ninguém merece TPM. — Ele saiu do quarto e fiquei deprimida. Acho que estou de TPM mesmo. Fiquei deitada agarrada ao travesseiro. Meus olhos ficaram pesados. Logo me sentia como se estivesse flutuando. Provavelmente estou entrando em mais umas de minhas paranóias que eu costumo chamar de sonhos.
  Mas não era um sonho. Era uma lembrança.
   Voltei no tempo. A mais ou menos seis anos atrás. Eu estava andando com a Yasmin na rua. E então um estranho me chamou. Eu reconheci aquela cena. Mas quando olhei para o estranho, não era o Jus. Era um estranho mesmo. Pelo menos aos meus olhos.
  Depois dessa lembrança comecei a pensar minha vida sem ele. Se eu não tivesse encontrado com ele naquele dia eu teria casado com outro cara qualquer. Sera que eu seria feliz? Eu teria meus filhos? A Yasmin seria famosa? Ela seria casada com o Nathan?
Voltei a um sonho. Eu beijava uma pessoa sem rosto, sem expressão. Eu estava infeliz. Não tinha nexo. Não tinha nada... Era errado. Estranho. Completamente inconveniente.
  Acordei assustada e com o rosto molhado. Acho que chorei um pouco. Apoiei meus braços e minha cabeça em cima de meus joelhos.
  Avistei meu celular e corri para pega-lo. Sentia uma enorme vontade de ligar pro cara que eu amo. Nem que seja somente para dizer um "oi". Disquei rapidamente o número do Jus e coloquei perto do ouvido enxugando meu rosto.
  — Justin?
  — Lê. Oi. Tudo bem? — Estava com a respiração acelerada
  — Tudo. Quer dizer, tive um sonho estranho.
  — Que sonho?
  — Lembra do dia que a gente se conheceu?
  — claro.
  — No seu lugar era outro cara. E depois eu me vi beijando um homem que eu não vi a cara. Eu estava infeliz, e...foi muito estranho.
  — Ai amor. Que horror. Mas esquece. Estamos juntos anjo! Eu estou longe mas somos marido e mulher. Esse sonho não aconteceu e nem vai acontecer. — Ele falou e eu respirei mais calma
  — Te amo ta?
  — Também te ano meu amorzinho.
  — Eu te ligo mais tarde. Beijos. — Falei 
— Beijos. — Ele desligou. A campainha tocou e ouvi a voz do Zac perguntando quem era o Henrique. Desci as escadas correndo e o abracei pulando nele.
  — Nossa. Estava com saudades? — ele perguntou e eu dei risada.
  — Claro. — Disse em seu ouvido.
  — Esse é...?— Zac perguntou me soltando
  — Henrique esse é o Zac,meu irmão mais novo, e Zac esse é o irmão da Yasmin, Henrique. — Os apresentei
  — prazer. — Os dois disseram juntos.
  — Lê. Hoje eu vou te levar pro escritório. Você esta na faculdade ainda mas da para aprender algumas coisas. Pretedo viajar daqui uns meses para ficar um tempo fora. Quero abrir outra empresa. — Ele falou
  — Claro. Só vou tomar um banho e a gente vai. — Subi correndo. Tomei um banho rápido e desci em seguida.
Pode não ser fácil, pode parecer impossível mas eu vou tentar. Afinal esse império é meu e eu tenho que joga-lo para frente. Não posso deixar tudo que meu pai construiu cair assim. Sei que o Zac é muito mais capaz de fazer do que eu, que estou apenas no começo da faculdade. Mesmo assim o acompanhei. No começo fiquei só na observação.
  Com esforço eu consigo. Chego lá.
    * um tempo depois *
  Já se passou um ano o desde que entrei na faculdade. E um ano desde a partida de Jus. Ele entrou na turnê maluca a exatamente um ano atrás. Nos comunicamos via Skype, mensagens, ligações, Snapchat etc. Mas pessoalmente não. Se eu fiquei triste? Sim. Claro. Sentia falta do cheiro do Jus, do cabelo dele, daquele brilho nos olhos quando me olhava. A malícia dele pra cima de mim me faz falta. Sua voz chamando meu nome antes de amanhecer. Sua mão, seu toque. Tudo. Ele inteiro me fazia falta.
  A faculdade esta indo bem. Ótima. Sou uma das melhores alunas da sala. A empresa esta indo a mil maravilhas. Zac foi para Nova Iorque e esta lá a quase um mês. Esta tudo dando certo por lá. Mas aqui eu estou me virando nos trinta para dar conta de tudo. De manha faculdade, depois empresa, e , finalmente, de noite consigo descansar na presença dos meus filhos. Isso quando eles já não e estão dormindo ou cansados.
  Estamos em janeiro, final de janeiro começo de fevereiro. Estou exausta. Hoje teve mais coisas aqui na empresa. Já são quase oito horas e eu ainda não voltei pra casa. Estou sem comer desde as uma da tarde. Li e reli documentos e relatórios até me dar dor de cabeça. Assinei e assinei papéis e mais  papéis durante o dia inteiro. Mas tem uma parte boa: agora tenho uma sala somente para mim. E na porta esta: Presidente. Quase gritei na hora que Vi pela primeira vez.  
  Ficar o dia inteiro sentada cansa sim! Levantei um pouco para esticar as pernas. Fiquei de frente para o vidro que tem uma vista linda. Respirei e inspirei. Essa roupa é bem social. Saia que para no joelho. Camiseta de botão branca. Salto meio baixo com bico meio fino. Meia calça cor de pele. Não é o que eu costumo usar. Sempre venho com o cabelo solto. Mas a essa altura do campeonato meu cabelo já esta totalmente desengonçado em um coque prendido com um lápis. Alguém bateu na porta. Deve ser a secretária trazendo mais um papel para eu assinar. Suspirei e mandei ela entrar..
  — Entra! — Gritei. Ouvi a porta abrir e passos. A porta se fechou novamente. — O que foi Sandra? — Perguntei de costas ainda.
  — Sabia que fica incrivelmente sexy com essa roupinha? — Meu coração bateu forte. Minhas pernas estremeceram. Pulsação totalmente acelerada. Um arrepio percorreu minha espinha. Dei um sorriso por conta da alegria de ouvir aquela voz de novo. — Esta pensando em que amor? Estou esperando um beijo seu a um ano. — Ouvi ele dizer e me virei. Ele continua a mesma pessoa.

~Brownie

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Prisoner - I Found You - 35°cap


  — Jack. — Falei entrando para abraça-lo. Ele me abraçou calado, só ficamos ali uns quarenta segundos abraçados.
  — Saudades. — Ele disse me soltando
  — Também. Eu quero ir pra casa da Lê. Me leva? — Perguntei
  — Mas não vai ficar nem para um cafezinho tori? — tia Barbara perguntou com toda aquela doçura.
  — Não tia. Faz tempo que eu não falo com ela. E tem coisas que eu só falo com a Lê. Ela é como uma irmã sabe? — falei
  — Entendo. — entramos no carro do Jack e ele ligou o rádio. Está passando the wanted. Só para alimentar pouco mais a saudade que só cresce dentro de mim.
  — Faz tanto tempo...e ela ainda faz sucesso. — ... I said peoples...
  — É. Incrível.
  — Esta triste?
  — Saudades.
  — Sei como é. Mas eles vão passar o natal conosco não ?
  — Não. Bom, ele disse que não sabia mas provavelmente não. — Respondi
  — Mas assim que der eles vão vir até nós certo? — Percebia-se de longe que tudo que o Jack quer fazer é me animar tentando enfiar na minha cabeça que eles vão vir nos ver. Eu confio nisso mas algo dentro de mim diz que não vamos nos ver tao cedo. Fomos o caminho escutando radio e em silêncio. Ao chegar na casa da Lê o Jack falou que ia dar um voltinha e depois vinha para me buscar.
  — Obrigada — disse e ele sorriu. Apertei a campainha e ela me abraçou assim que viu quem era. — Oi amiga. — Falei no abraço.
  — Quanto tempo. — Rimos
  — Nem tanto.
  — Mas a saudade ta tipo enorme. — falou me soltando. Fomos para a sala e a Sofia apareceu. Ela está grande.
   Passou alguns dias e quando percebi já era ano novo. Estava em casa quando amanheceu o dia 31 de dezembro. As crianças dormiram comigo. Na minha cama para tentar preencher o vazio do Jay. Me levantei indo para o banheiro. Lavei meu rosto e abri as gavetas a procura de um prendedor de cabelo. Nada, mas achei uma touca perdida do Jay. Pensei que ele tinha levado tudo. Mas pelo jeito ficou uma aqui. Espera... Essa é a minha touca. Dei risada e a coloquei no cabelo. Mandei uma foto pro Jay no Snapchat e ele logo visualizou. Em uma outra foto ele disse que estava com saudades de me ver de touca. Escovei meus dentes depois voltei para o quarto. Eles ainda dormem feito anjinhos. Passei a mao no cabelo do Arthur e percebi que a pulseira que o Jay me deu ainda esta aqui. Viva. São tantas coisas lembrando o Jay que as vezes parece que sinto sua presença.
  Ao anoitecer fomos todos para a casa da minha mãe. A Lê com o Caio e Sofia. Tia Barbara, Jack e Martin que esta cada dia mais lindo. Convidei a familia do Jay. Mas só o Tom veio. Convidei a Jess mas ela disse que ia passar a virada do ano em outro país. Quando estava quase dando meia noite no relógio da sala eu olhei para pulseira bem colocada no meu punho. Esta noite estou usando as jóias que o Jay me deu no nosso aniversário de casamento. Meu vestido é verde água para combinar.
Depois da meia noite o meu celular tocava desesperadamente. É o Jay,Taylor, Joe... Essas pessoas. Atendi o Jay.
  — Feliz ano novo minha vida. Te amo muito mesmo ouviu? — Ele falou assim que atendi.
  — Também te amo muito anjo. Que esse ano seja melhor do que o passado. — Conversamos por uns dois minutos e tinha alguem tentando falar comigo. — Amor, tem alguem tentando falar comigo. Depois te ligo — falei desligando. O celular tocou novamente e é a Taylor. Ela me desejou feliz ano novo e eu o mesmo.
  Amanheceu o primeiro dia do ano. Já é janeiro. E logo tenho que voltar para Nova Iorque. Matricular o Arthur no pré escolar. Ir para faculdade. Só de pensar nisso minha cabeça dói. Enfiei a cara no travesseiro e soltei um grito que não fora ouvido por ninguém. Climax tocou me fazendo sorrir. Obviamente é o Jay.
  — Bom dia vida.
  — Bom dia — Disse
  — Tudo bem?
  — Aham
  — Certeza? — Não.
  — Sim.
  — Te conheço mais do que você imagina linda. Vamos lá. Se abre comigo.
  — Eu te amo Jay. Sinto sua falta mais do você  imagina. Sinto falta do seu cheiro, do seu jeito, da sua voz, das suas manias insuportáveis, dos seus olhos, da sua boca, do seu cabelo, de tudo. — Desabafei
  — Também sinto sua falta linda. — Ele falou quando senti meus olhos queimarem. Uma lágrima desceu pelo meu rosto.
  — Tenho que desligar. — Falei assim que notei meu nariz escorrendo
  — Te amo. Mais tarde a gente se fala — Ele falou e eu desliguei.
   * algum tempo depois *
Um ano se passou desde que o Jay foi para essa turnê. Desde então me sinto sozinha. Solitária. Frágil. Vulnerável. Ele era como um anjo. Guardião. Se eu ficar longe dele tudo fica confuso. Fica extremamente sem sentido.
  Em nenhum dia, desde que ele entrou na turnê, ele veio nos visitar. Nenhum dia. E ele não sabe o quanto eu chorei de saudades. Chorei ao lembrar dele cantando Heart Vacany para mim em um show. Chorei por estar esgotada. De tudo e de todos. Cuidar de dois filhos, faculdade, ensaiar para apresentações, criar coreografias. Minhas pernas estão cansadas. São dias e dias ensaiando. Me deram um turma de adolescentes para eu coreografar. E isso é exaustivo. Mas do que eu não reclamo é de chegar em casa e ter meus filhos comigo. A Bella cresceu tanto. Ela esta andando. Falando algumas coisas. Mas o que ela mais fala é papai. Foi uma das primeiras palavras então é o que ela mais fala.
  Agora, por exemplo, estou aqui, na faculdade. Tive que ficar para ensaiar com algumas pessoas. Eu sou a dançarina principal então fiquei mais um tempinho para ensaiar mais. Meus olhos estão cansados. Pesados.
  O espetáculo é de ballet. Então é obviamente isso que eu estou dançando. Ou tentando dançar. As nove e meia da noite depois de um dia inteiro dançando e dançando. Ensinando e ganhando paciência com esses jovens. É meio difícil ficar com pique.
   Estou aquecendo, e, como minhas manias não são das mais normais, aqueço de olhos fechados.
  Cabelo solto, descalça, collant, make que já saiu na primeira dança e algumas olheiras de brinde.
   A Taylor disse que passaria aqui depois de uns vinte minutos após todos terem ido embora. Esses vintes minutos já se passaram.
  A porta antiga do estúdio rangeu. Imagino que seja a Taylor
  — Seria demais pedir mais uns cinco minutos? — Eu reclamo mas gosto de dançar. Ficar aquecendo de olhos fechados. Isso me tranquiliza.
  — Seria... Não aguento nem mais um segundo longe de você. — Uma das vozes mais serenas do mundo. A única voz que me tranquiliza com uma simples palavra. Nem uma palavra. Um simples sorriso. Um breve suspiro. Um olhar. — Pensei que seria recebido com um dos seus melhores abraços anjo. — Soltei uma risada. Mas minha visão esta embaçada já. Sinto que virão lágrimas. Me virei para ele. A mesma pessoa. Só que com o cabelo um pouco maior. A barba aparada...

~Brownie